domingo, 25 de janeiro de 2009

Marketing Guerrilha

O conceito ainda é recente como muitos outros que estão a aparecer, ou por outro lado a terem nome próprio, a possuírem a sua própria definição e a destacarem-se de outras através das suas características. A maior parte das técnicas sempre existiram mas agora têm um nome, um conceito, uma ideia, uma atitude ou representam um estilo de vida.

E aqui se colocam as grandes questões diferenciais entre Mkt Guerrilha, Mkt Emboscada e Mkt Terrorismo. As grandes diferenças, não estão nas acções, na forma de actuar, na abrangência das acções ou nos resultados, mas sim no seu posicionamento. Enquanto o Mkt Guerrilha tem acções diferenciadas em várias situações e pontos estratégicos, o Mkt Emboscada privilegia estes mesmos pontos para abafar a concorrência e o Mkt de Terrorismo para a atacar deliberadamente. No nosso país o caso mais raro será mesmo a última técnica, ou seja o Mkt Terrorismo, por outro lado nos Estados Unidos da América, beneficiando da sua cultura, esta técnica é quase uma prática normal.

Que técnica é esta o Mkt de Guerrilha?


É uma técnica de comunicação que dia após dia parece cativar cada vez mais os departamentos de marketing das grandes empresas. Aqui em Portugal empresas como a Optimus, o Continente (Grupo Sonae), o Canal Fox, a Throttleman, entre muitas outras, já se renderam a algumas das campanhas de Mkt de guerrilha.

Exemplos deste tipo conseguem mobilizar potenciais clientes, apenas simples curiosos ou simplesmente publicitar, gerando assim Buzz, em torno da sua marca. A minha opinião pessoal é muito favorável a esta técnica porque nos permite actuar em qualquer lugar, seja o contexto que for, apelando à criatividade, tudo isto a baixo custo.
Mas afinal o que é o Mkt de Guerrilha?
O termo marketing de guerrilha deriva da guerrilha bélica, é um tipo de guerra não convencional no qual a principal estratégia é a ocultação e extrema mobilidade dos combatentes, chamados de guerrilheiros.
Em geral, tácticas de guerrilha são usadas, ainda hoje, pela parte teoricamente mais fraca contra uma mais forte. Se por um lado os guerrilheiros muitas vezes carecem de equipamento e treino militar adequados, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem e com ataques que surpreendem o inimigo, abdicando de manterem-se na linha da frente de combate. O conhecimento do terreno de combate, também é uma arma bastante usada na guerra de guerrilhas (Exemplo: Guerra colonial). A guerra do Vietname é outro exemplo típico onde o forte e bem preparado exército dos Estados Unidos da América acabou por perder a guerra para os guerrilheiros vietnamitas.


O Marketing de Guerrilha surgiu na década de 80 para suprir necessidades latentes na comunicação dos empresários de pequeno porte, tendo como principais autores Al Ries e Jack Trout de um lado (Que no seu livro “Marketing de Guerra” de 1986 dedicam um capítulo ao Marketing de Guerrilha) e Jay Conrad Levinson (responsável pela popularização do termo) do outro.

A utilização de grandes campanhas envolvendo gastos astronómicos com mega produções e contratos com celebridades super famosas estava a começar a virar normal dentro das grandes marcas na época, sufocando o pequeno empresário a, literalmente, “guerrilhar” no mercado em busca de espaço, podemos dizer para sobreviver.

Desta forma, é bastante perceptível entender o porquê de o Mkt de guerrilha inicialmente, direccionar-se normalmente às grandes empresas. O pequeno empresário também tinha - e infelizmente ainda existem alguns - a tendência de acreditar que marketing significava grandes e dispendiosas campanhas que envolvem ainda nos dias de hoje, anúncios, outdoors e TV’s, associando-os directamente à “comunicação de resultado”.
No entanto, uma grande parte do mercado, obtém sucesso através do marketing de guerrilha, com pequenas e simples atitudes e movimentos de baixo custo – ou seja, acções de guerrilha - mesmo sem percebê-lo. É possível desalojar a concorrência, determinar o posicionamento e comunicar conceitos fortes através dessas armas de baixo custo. A maior parte delas está de graça, nas mãos do empresário. Por isso torna-se necessário despertar a noção de luta e de acção directa nos pequenos empresários, sufocados pelas grandes organizações ou multinacionais.
Assim, o marketing de guerrilha tem como conceito base a ideia diferenciadora e o baixo custo, partindo do princípio que apenas capturando a atenção das pessoas é possível estabelecer na mente das mesmas essa diferenciação.
Investindo tempo, energia e principalmente imaginação é possível conseguir um poder no mercado tão grande como qualquer empresa com grandes investimentos, seja na inserção ou na comunicação de um produto, para tal devem desenvolver várias acções de guerrilha e ao longo dos tempos serem coerentes na informação que pretende passar ao público-alvo. Não sendo líder, não poderemos agir como tal e será logo aqui que começará a ter sucesso, que descobrirá o guerrilheiro que existe dentro de si.
Actualmente, com a saturação de anúncios, num número imenso de canais, aliado à reduzida fidelização do consumidor a esses mesmos meios de comunicação é enorme a dispersão dos targets, assim também as grandes empresa hoje, têm investido no marketing de guerrilha.É necessário considerar que vários nichos de mercado só podem ser alcançados se for levado que apenas a comunicação de massa não é eficaz, mas sim uma abordagem verticalizada de aproximação com o público através de várias acções que não envolvam publicidade, mas se possível que envolvam os consumidores.





Vantagens: A capacidade de criar bastante impacto, onde decorrem as acções, mas principalmente no público-alvo que contacta com essas acções e guerrilha, gerando muitas vezes Buzz e tudo isto, dependente de criatividade, com pouco investimento.

Desvantagens: A enorme necessidade de todas as acções ou todas as campanhas possuírem um fio condutor para não criar confusões na mente do consumidor ou para não correr o risco de a marca não ficar posicionada. Além que qualquer passo que não cative verdadeiramente os consumidores, na hora é imediatamente olvidado.

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